CREDES?

Existe algo pior do que o frio? Sim, frio e chuva. Mais uma semana abaixo dos dez graus, picolé de neurônio, falanges glaciais e a doce companhia dos simpáticos pingüins. Pingüins? Ah, deixa pra lá.

Hoje faz um ano que estou trabalhando no mesmo emprego. Em se tratando de mim, uma grande conquista, nunca tinha atingido tal marca. Apegado a datas e aproveitando-se da memória-calendário, comemoro. Discretamente, mas comemoro.

Aliás, 26 é um número que eu gosto no mês, afinal, a cada dia 26, faltam tantos meses para o meu aniversário. No caso de junho, faltam três. Estão chegando os patinhos na lagoa...

Mas, vamos ao assunto do dia.

Ultimamente, as relações pessoais têm se estreitado na minha rotina. Estou aprendendo a nunca perder as esperanças nas amizades, pois é o sentimento que mais pode surpreender. Contudo, não quero falar de amigos ainda, para isso tenho outros planos.
Relacionada a isso, está a confiança. Admito que sou uma pessoa que confia muito rápido nos outros, principalmente quando vou com a cara do cidadão. Diz a minha mãe que puxei isso da minha bisavó. Ela sentava ao lado de um desconhecido na parada de ônibus, e ia embora dali como grande amiga da pessoa.
Não chego a tal ponto, ainda que gostaria que fosse assim. Há até quem diga que sou antipático à primeira vista, mas daí é porque a pessoa foi incompetente em me conquistar de imediato. Passada essa má impressão, você verá que sou doce como o mel das abelhas norueguesas.
Deixando os desconhecidos de lado, passemos àqueles que convivem diariamente, ou eventualmente conosco. Percebam o quanto confiar em alguém é necessário para o sucesso de qualquer relacionamento. Pessoalmente, posso dizer da tranqüilidade que as pessoas em quem confio me passam. Mesmo não tendo aquele contato direto e desejado, sei que estão lembrando de mim, citando alguma frase minha, cultivando com carinho o que construímos juntos.
Quando acreditamos numa pessoa, é como se tivéssemos um pedaço dela dentro de nossos corações. Sentimos que está perto, alimentamos a presença dela, pois sabemos que a recíproca é verdadeira. Ora, não há como estar com alguém o tempo todo. Se fosse assim, não haveria qualquer diversidade nas relações.
Mas, se o que enxergamos na rua nos lembrar o olhar de um amigo, ou uma situação despertar o pensamento de "bah, fulano diria tal coisa se estivesse vendo isso", a tranqüilidade habitará nossas mentes.
É batata. Qualquer paranóico com relação a pessoas sempre é inseguro. O "será?" é uma pergunta constante, não há certeza de nada. Fé é um sentimento que, quando cultivado, alivia qualquer contratempo emocional. Nada melhor do que saber que, por aí, alguém está dizendo: "como diria o Antônio, que momento". E, sim, eu acredito nisso.
Participar tantos anos de grupo de jovens me deu essa tarimba. Confio muito na força de Deus, sei que Ele se manifesta exatamente nas pessoas especiais da minha vida e isso me tornou um cara melhor. Cada um canaliza sua crença onde acha mais apropriado, eu chamo a minha de Deus, outros denominam de outras formas, também boas.
Importante mesmo é acreditar e agir com segurança. Estar certo de que um passo foi dado de maneira correta, que vai melhorar o que temos ao nosso redor e nos tornar uma pessoa especial. Não dá pra abraçar o mundo, mas posso acreditar que consigo abraçar o meu universo e fazer dele um ponto de partida para melhorar a vida de pessoas que seguirão os mesmos passos. Estamos todos numa corrente, e somente confiando na força do elo do outro é que tudo passará a funcionar corretamente. Pelo menos é nisso que eu acredito.

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