Hoje é um dia típico daqueles em que o que mais me agradaria seria acordar na fazenda. Escutar os pássaros cantando antes mesmo de abrir os olhos e, ao fazê-lo, enxergar a imensidão azul do céu invadindo o quarto através da janela. Só de imaginar, bate uma paz muito grande.
Porém, não foi exatamente o que aconteceu. Ao chegar na empresa, deparei-me com meus colegas de serviço atucanados em volta das máquinas, que precisam ficar prontas hoje e embarcarem para São Paulo, onde acontecerá a feira na próxima semana. Alguns, inclusive, viraram a noite montando, testando e deixando tudo pronto, o que explica o visível cansaço em seus semblantes.
A vida na cidade já me pareceu mais hostil, principalmente no auge da minha rebeldia adolescente. Com o tempo, assimila-se o golpe de ter que exercer atividades desgastantes para atingir sabe-se lá qual objetivo, mas se faz. Enquanto isso, aproveito os dissabores que a vida me proporciona, tento tirar disso algumas lições e, claro, aproveito o que de bom pode haver neste elã urbano.
O campo, eu sei, me espera pacientemente, bem como também tenho a certeza de que meu destino final está por aquelas bandas. E, para distrair essa dor de não poder estar lá desde já, me valho de algumas artimanhas que me distraiam, entre elas a música. Hoje Rita Lee entrou no meu quarto cantando o que eu precisava ouvir. Trocamos algumas idéias, contei a ela um pouco dos meus dias, ao que ela balançou sua cabeleira rubra e suspirou, dizendo: "Ah, são coisas da vida...". Então, acordei e vim trabalhar.
Coisas da Vida - Rita Lee
Quando a Lua apareceu
ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde, mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
ninguém precisa mais me dizer
como é estranho ser humano nessas horas de partida
Ah, é o fim da picada
Depois da estrada começa uma grande avenida
No fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída
Qual é a moral? Qual vai ser o final dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer, por isso digo
Eu não tenho muito o que perder, por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer, por isso sonho
Ah, são coisas da vida...
Ah, e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica...
Morre Albino Manique
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Com profundo pesar noticiamos o falecimento de Albino Manique, lenda da
música gaúcha e do acordeom, hoje, aos 80 anos.
Conhecido e reconhecido por me...
Há um dia
Ah Antônio; como não sentir falta da riqueza bucólica do campo com seus cheiros peculiares e em especial o da terra molhada?! É alma lavada. E que colírio para os olhos cansados da fumaça, da fuligem e do frenesi da multidão anônima das cidades... Lindo texto, ricamente ilustrado pela Rita Lee - através dessa canção que eu desconhecia e que muito me tocou, particularmente pelos versos "depois que eu envelhecer/ ninguém precisa mais me dizer/ como é estranho ser humano nessas horas de partida"!
ResponderExcluirAs músicas da Rita são sempre muito boas!!
ResponderExcluirSuper beijo
Michele
magricelanapanela.zip.net
Pra mim tu és um exemplo de perseverança. Sabes o destino final, ou sonhas com ele, e mesmo assim, mesmo que arduamente, faz o teu dia, e não se cansa de pensar no objetivo, mesmo que não saibas quando irá alcançá-lo.
ResponderExcluirÉ impressionante como essa fazenda te faz bem! E que continue fazendo!!!!!
ResponderExcluirLinda a música que ela cantou pra tu hoje pela manhã....
Beijão
Ser acordado pelo azul do céu deve ser muito bom mesmo, mas a minha idéia de maior paz no momento seria acordar amanhã e descobrir que é sábado...
ResponderExcluirTive turno inverso hoje (aula o dia todo) e estou bem cansado.
E no final do texto, quando tu contou do encontro com a Rita Lee, antes de chegar ao fim eu tinha pensado "é, e depois tu acordou todo mijado", e não é que foi mesmo? Com alguns detalhes a menos, mas foi...
Abraço, qualquer coisa é só bater um fio aqui pra casa!
"Depois da estrada começa uma grande avenida
ResponderExcluirNo fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída"
Depois da estrada do campo vem a avenida da cidade. Cada uma tem o que ensinar. A paz do campo pode ajudar na dinâmica da cidade, né?
Curiosidade: qual a tua cidade?
Bjinhos.
Caro Jr, a titia sabe das coisas!... E a propósito, os selos que vc generosamente me presenteou, alguns dias atrás, já estão na minha vitrine, ok? Como não havia tido tempo para mexer no blog, deixei para agradecer hoje: VALEU, JR!!!
ResponderExcluirBoa sexta!
Tonhooooooooooooo!!!
ResponderExcluirMano, desculpa a ausencia daqui do teu canto, q eu tanto amo!
Agora q voltei, volto pra ca também, ta?
E vou levar em conta todos os teus conselhos. Tu é um p.. amigo que considero muito!
Adorei a musica. Mas confesso, adorei mais o aparte, e teu avô deve ser uma gracinha.. uhauahuha
Te pago o chocolate.
Te cuida, beijos beijos beijos
Saudaaaaaades!
PS: é pra pegar todos os selos ;)
ResponderExcluirnao me fale de campo, e de lugares com rios que eu tenho um colapso nervoso, nessas ferias eu nao fui para o campo, isso q mminha familia tem casas no campo.... isso que sempre vou o ano todo
ResponderExcluire esse ano nao fui, e estou mto irritada com isso, preciso respirar ar puro, pescar e etc... sim eu sou pescadora :D
bjaooo
que saudades do campoooooooo
nao me fale de campo, e de lugares com rios que eu tenho um colapso nervoso, nessas ferias eu nao fui para o campo, isso q mminha familia tem casas no campo.... isso que sempre vou o ano todo
ResponderExcluire esse ano nao fui, e estou mto irritada com isso, preciso respirar ar puro, pescar e etc... sim eu sou pescadora :D
bjaooo
que saudades do campoooooooo
Pensei que eu você fosse o único a pensar dessa maneira. Tirei férias recentemente do trabalho, qual foi o meu destino: o campo....já tirou leite de vaca? (animal, mesmo)...experimente....o contato com a natureza nos renova. Abs
ResponderExcluirAhhh, eu não conheço essa música.
ResponderExcluirO engraçado é que tem dia mesmo que eu acordo e já me vem uma músiquinha na cabeça... mas tem dias que eu não posso ouvir um acorde... uma notinha musical sequer... tem dias que música nem entra no meu ouvido... nem na minha cabeça...
mas essa de rita lee parece ser legal.
Eu terminaria na praia, ouvindo música e olhando o mar.
ResponderExcluirBjitos!
As horas que eu mais gosto do céu são os momentos em que o sol ainda não nasceu, mas já está perto, ou quando se pôs há pouco tempo...
ResponderExcluirQuando comecei a trabalhar em Sapiranga, sempre vi o sol sair cedo e, em determinadas épocas do ano, é possível ver, da estrada o céu lindo... não só por eu ser físico, mas gosto de observar o céu e tomava essas belas visões que ocorriam cedo pela manhã como prêmios ou compensações por ter acordado tããão cedo...
Essa música eu postei no Água e Sabão há tempos atrás... adoro ela e a letra dela compreende muitas coisas... bela escolha.
Abraço, mano!