O fim das farofadas

Uma vez eu quase morri. De verdade, morte morrida, ir para o beleléu, trançar a cola, comer capim pela raiz e talicoisa. Foi aos sete anos, se não me engano. Imaginem só, na flor da idade infantil, tanta coisa pra viver ainda e receber a visita da morte sem aviso prévio. Um susto e tanto. Permitam que lhes conte o causo.
Naquele tempo, minha família tinha o costume de veranear na praia. Todo ano arrumávamos as trouxas, farofada no carro e pé no estribo rumo ao litoral. O destino daquele verão foi Quintão, aqui no litoral do Rio Grande do Sul. Não vou falar maravilhas daquele local, porque realmente não há nenhuma a ser relatada. Que me perdoe quem veraneia em Quintão, mas o trauma que relatarei mais tarde há de justificar a minha antipatia. Aliás, de um modo geral, o litoral gaúcho não é lá essas coisas, a menos que o vivente goste de vento nordeste tocando areia nos olhos o tempo todo, mar chocolatão, praia suja, uma invasão de veículos a beira-mar e as dunas cheias de vegetação rasteira que pinica as canelas. A única coisa boa é o milho, com sal e margarina. Nham, nham, como gosto de milho.
Bueno, voltemos ao acontecido. Lembro como se fosse hoje da nossa chegada em Quintão. Ou melhor, da saída de Novo Hamburgo. O plano era sair pela manhã com tudo arrumadinho, bonitinho, como qualquer viagem familiar sugere. Porém, na noite anterior, sob o afã da viagem, deu a louca no meu pai de sair de madrugada mesmo. O homem ganhou um siricotico e contaminou a família toda com a ideia, ao que ninguém quis contrariar. Embarcamos no carro, meus pais, minha irmã, tia, tio, a vó Dilma e eu.
Sete num carro, já começa por aí. Não lembro a marca do veículo, contudo posso dizer que nunca houve na minha família um possante que comportasse tanta gente com algum conforto. Tá certo que minha irmã e eu éramos crianças, mas, se considerarmos toda a muamba que levávamos para o veraneio, é fácil concluir que o status de sardinha enlatada caía bem naquela viagem.
Lá pelas tantas, meu pai se perdeu. Ninguém sabia direito onde ficava a casa, ainda mais viajando alta madrugada e Quintão sendo um breu sem fim. Tenho minhas dúvidas acerca da real iluminação da cidade àquela época. A casa onde ficaríamos era de propriedade de um irmão da minha avó, tio João Batista, grande pessoa cujo único deslize foi escolher uma praia tão longínqua para adquirir um imóvel. Sem saber como chegar, meu pai e seu irmão começaram a parar nas casas para pedir informações. Daquela cena lembro bem: meu tio batia na porta das pessoas às duas da madrugada, como se fosse meio-dia, perguntando por um endereço estranho. Agora entendo porque muita gente sequer abriu uma fresta da porta  para atendê-lo...
Ainda sem as coordenadas precisas, meu pai seguiu a esmo e passou a dirigir como se não houvesse amanhã. No banco da frente, vó Dilma iniciava a celeuma que teria seu ápice no exato instante em que todos constatamos algo pavoroso: ondinhas batiam na roda do carro. Estávamos prestes a adentrar o mar e ninguém havia percebido! O pavor tomou conta de minha velha avó, que exclamava:

- Para esse carro, Antônio Augusto! Tu vai entrar no mar, rapaz! Para esse carro!

Porém, ele não parou. E o clima ficou tenso dentro do carro. O pai dirigia seguindo a orla, a vó convocava seu exército de anjos para nos proteger e o resto da galera mais quieta que guri cagado. Andamos assim mais uns quilômetros, até que Iemanjá resolveu dar uma colher de chá e, sem mais nem menos, encontramos a bendita casa. Foi um festerê danado! Passaram o resto da madrugada contando para o tio João sobre aquela saga protagonizada pelo meu pai até o dia amanhecer.
Este foi apenas o início do veraneio. Agora é que começa a parte mortífera de verdade. Os primeiros dias de praia seguiram-se normais, aquela farofada básica e diária, muito consumo de milho verde e, ao menos naquela época, para mim não fazia diferença se o vento nordeste castigava ou não. Como criança, meu negócio era montar castelinhos de areia e esbaldar meu corpitcho no mar como se o próprio peixe fosse.
Com o passar do tempo, fiquei cada vez mais assanhado pela água salgada. Encarava ondas maiores e sentia a valentia brotar em meu corpo juvenil. No entanto, o mar de Quintão possuía uma peculiaridade traiçoeira: buracos. Uma buraqueira danada, parecia até solo lunar. Era cada panelão velho com capacidade de engolir até mesmo as criancinhas mais audaciosas. Some a este fator o bom e velho repuxo, característica também marcante no litoral gaudério. Pra quem não conhece, o repuxo é como dançar moonwalk dentro da água, o cara se sente o próprio Michael Jackson. Sim, meus caros. Mar chocolatão, vento nordeste e um repuxo do cacete: repense certos conceitos antes de reclamar das praias do seu estado.
Certo dia, estávamos minha tia e eu lépidos e faceiros encarando ondinhas no mar. Desprovidos de altura que éramos, cada onda parecia uma tsunami e furá-las era bastante divertido. De repente, faltou chão aos meus pés. Foi tudo muito rápido. Preciso usar frases curtas. Para dar sentido, sabe? Fui ao fundo e tomei um gole d'água. Quando subi, vi que a tia não havia percebido a gravidade da cena. Nisso, o mar engoliu-me outra vez. Aí o pavor começou a bater de verdade. Respirar, pedir socorro e manter a calma, três atos incongruentes para o meu raciocínio jovem naquele momento. Voltei à superfície mais uma vez e consegui dar um berro.
Quando desci novamente e bebi mais uns goles do oceano, senti que fervera o kissuco. Chegara a minha hora. Adeus, mundo cruel! Minha tia não me viu, Iemanjá não teve piedade desta vez e vamos beber, que a morte é certa. Mas, felizmente, a irmã de meu pai escutara o berro e partiu para uma ação salva-vidas. Grudou-me pelo pescoço e, com a avidez de um golfinho, emergiu do buraco garantindo a continuidade de nossa família. Vendo aquela cena, meu pai invadiu o mar em desespero como se estivesse perdendo um filho. É, na verdade quase perdeu mesmo, o que de certa forma justificou o pequeno escândalo que ele deu à beira-mar.
A vó Dilma havia ficado em casa naquele dia. Como eu ainda estava meio grogue por ter tomado um porre de água salgada, meus pais pediram que a tia me levasse em casa para... beber uma água, sei lá. Ideia de gerico, mas tudo bem. A orientação expressa era a de dizer para a vó que eu havia sentido uma pequena indisposição estomacal e precisava... beber água - não poderiam ter pensado em algo mais criativo?
É, minha gente, mas as pessoas esquecem que vovó é mãe duas vezes, e dona Dilma não comprou o porco pelo preço que valia. Nos dias subsequentes, passou a frequentar a praia conosco e vigiava tudo com olhos ávidos feito uma ave de rapina. E, se vocês pensam que minha quase morte encerrou os fatos bizarros do veraneio em Quintão, lhes advirto: o banzé começa é agora.
Superada a experiência traumática com o mar, aos poucos voltei a frequentá-lo. Mas sempre com cautela, que cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça. Entrava na água só com meus pais e, mesmo assim, a certa altura já pedia para sair. E foi assim que começou este capítulo. Molhávamos o esqueleto meus pais, minha tia e eu. A vó Dilma ficara na areia cuidando da minha irmã, que calmamente montava seus castelinhos de areia. Só que meu pai curtia uma loucura marítima e gostava de ver o circo pegar fogo (o que, em se tratando de estar dentro da água, torna-se um trocadilho deveras infame) e dirigiu-se cada vez mais para o fundo. Chegou num ponto em que eu, obviamente, arreguei e voltei para a areia ao lado da vovó puto da cara e chorando.
Os três, no entanto, seguiram mar a dentro como se mosqueteiros fossem. Só que meu pai tava com a maldade no sangue e queria ver a jeripoca piar: deixou a mãe e a tia no meio do caminho e foi nadar lá no fundão. Sendo elas duas donzelas indefesas perante a onipotência do oceano, o repuxo tratou de carregá-las cada vez mais para dentro. Um tiozinho que nadava por ali, conhecedor das artimanhas do mar de Quintão e seus inúmeros buracos, tentou alertá-las do perigo. Elas, contudo, pensaram que o cara estivesse com más intenções e quiseram fugir. Só que, nesse entremente, acabaram caindo numa monstra panela e, caputz, lá estavam minha genitora e a irmã de meu pai em pleno afogamento.
Lá da areia, ainda tomado de ressentimento pelo arrojo dos três que me obrigou a sair da água, passei a relatar a injustiça para a vó Dilma, que calmamente tostava no sol sem seus óculos e certamente pensando no próximo capítulo da novela das oito. Eu, ao contrário, insisti no berreiro, esperneei à volta dela e, como que rogando praga, sentenciei:

- Olha lá, vó! Vão se afogar! Estou avisando, vão se afogar!

Diante de tamanho protesto, a vó rendeu-se à minha falácia, pegou os óculos e foi checar se realmente haviam ido tão ao fundo conforme eu bradava. Quando as lentes ajustaram sua visão, enxergou apenas o braço erguido de minha mãe pedindo socorro, porque da tia já não se via mais nem o fio do lombo.
Minha avó enlouqueceu, literalmente. Com berros alucinantes, alarmou o acontecido para todos e, não contente com o faniquito, pensou que fosse o Superman, ou Aquaman, e partiu em disparada para o mar disposta a arriscar sua própria senilidade em prol do salvamento das afogadas. Só que, convenhamos, o tempo é o senhor da razão e tratou de mostrar à minha vó que uma idosa de cinquenta e poucos anos não tem a agilidade de Usain Bolt ao sair correndo. Isso significa dizer que dona Dilma tropeçou na areia e caiu um tombo velho daqueles de fazer voltinha no ar, quase um duplo twist carpado.
Sentada no chão, com o joelho ralado, minha velha avó desandou a gritar em desespero e pedir que acudissem minha mãe e minha tia. Mas, como Quintão era uma praia do mais alto gabarito, não havia nenhum salva-vidas por perto e a situação ficou brasina pro lado das duas.
Enquanto isso, lá no fundo do mar, o tiozinho benevolente encontrou meu pai entre uma braçada e outra. Como lá no fundão é calmo e dá até pra bater papo, o sujeito contou sobre a situação das donzelas fujonas que caíram no buraco e provavelmente estavam entre a vida e a morte. Quem avisa amigo é, ele bem que avisara, e agora não havia muito o que fazer, a não ser que meu pai quisesse entrar na jogada e dar uma de herói. O que, obviamente, não aconteceu. Ele tava pela doideira, nadar no fundão, vida louca e também ninguém mandou as gurias imprudentes nadarem aonde não deviam.
Segundos depois, porém, o arrependimento bateu e, só de curioso, resolveu ir até o local que o tiozinho indicara para verificar a situação das criaturas. Depois se morressem a consciência ficaria pesada e aí já viu. Nadou até o local e, que surpresa, lá estavam sua esposa e irmã dando o último adeus a este mundo cruel. Bem, daí foi a vez de baixar o Aquaman no pai, que rapidamente salvou as duas e levou-as para a areia, onde minha avó já estrebuchava em prantos. Enquanto eu assistia à cena em choque, minha irmã, também chorando aos borbotões, estava grudada na mão de uma estranha que a encontrou abandonada em algum canto da praia contando que sua família estava sendo dizimada pelo mar.
Quando finalmente conseguiram trazer minha tia de volta à vida, que ela tinha bebido água pra mais de metro, a decisão foi geral: fim do veraneio. Ainda havia um bocado de dias pela frente, mas o clima para ficar na praia terminara principalmente após a revelação de que dias antes eu também flertara com a morte, notícia que fez a vó Dilma desistir definitivamente das férias.
Arrumamos as muambas, carregamos o carro e pegamos a estrada para nunca mais voltar. Após aquele verão, não houve outro parecido. Passei anos sem ir à praia, troquei o litoral pelo campo, a tranquilidade da fazenda bem distante do mar. Levei uns bons pares de anos para voltar a pisar em areias litorâneas e só agora, no verão de 2013, é que a Dani e eu arriscamos a ficar quinze dias na praia. Mesmo assim, entro no mar só de leve, com a água batendo nas canelas. O limite é a cintura, dali não passa. Não é Quintão, mas é mar, é oceano, é salgado. E eu ainda quero viver bastante.

Chocolatão... delícia!

18 comentários:

  1. Comecei a ler teu humilde texto com o bloco de notas. Preciso anotar para não me perder. A) o que seria mar chocolatão? Me passou umas imagens meio 'rio-da-índia', nada agradável. B) milho com sal e manteiga? Aqui no litoral catarinense também tem e, convenhamos, as praias daqui são beeeeeeem melhores =x

    Sério que aconteceu tudo isso de tragédia? Gente, mais reviravolta que novela das oito escrita pela Glória Perez. Hahaha. Não conheço o litoral gaúcho, mas Mariscal e Praia Brava (Itajaí) tem desses panelões de dar medo também. Ainda bem que a gente cresce na praia e aprende quando o mar tá bom pra peixe e quando é melhor nem arriscar.

    Só pra completar e encerrar esse humilde comentário, tenho vontade de conhecer Pinhal. Viva o Duca Leindecker ♥


    Beijo Ton!

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    1. Vamos às respostas, Fê:
      A) A expressão "chocolatão" se deve ao fato de o mar ficar com cor de chocolate e com aspecto viscoso quase que o verão inteiro. Dizem por aqui que são as algas que deixam ele assim, mas mesmo assim é bem nojento.
      B) Concordo em gênero, número, grau e milho.
      C) Sobre Pinhal, fica bem perto de Quintão e, enquanto praia, é uma bosta também. O lado fantasioso da música do Duca é bem melhor que a realidade, acredite.

      Beijo!

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  2. Hahahahahahahaahahahaha! Ao término da história tive que exclamar um ''Que momento!''. Poxa, que verão engraçadíssimo, meu... Isso me fez lembrar dos meus passeios em família, que sempre acabavam comigo machucada e chorando. Ou assada de tanto tostar no sol.

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  3. Mas que desventura, hein?
    Apesar da gravidade das situações, a gente quase não consegue ficar muito preocupado justamente pela maneira cômica que o senhor descreve os fatos.

    Acho difícil escrever com essa temática de humor elevado em quase todas as linhas e isso faz do seu trabalho um grande feito.

    Parabéns pelo trabalho e por estar vivo pra contar.

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  4. O nosso litoral gaúcho é uma verdadeira aventura radical, digamos assim. Porém, nem sempre está chocolate (adorei o termo). Contudo, imagino que tenha sido bem traumático tal situação para sua pessoa. Felizmente nada de grave aconteceu com você e nem com a sua família. Ah! Só para ressaltar: tu tens o dom de escrever comicamente. Continue assim. Beijos.

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  5. Melhor descrição de tragédias, acredito que nunca na vida eu tenha visto. Ri horrores com cada trecho, cada desventura, cada detalhe.
    Faltou aventura nesse veraneio.
    Imaginei cada cena acontecendo... O mar chocolatão, a turma enlatada no carro, os afogamentos, a desconfiança da avó.
    Confesso que me diverti muito!

    Digno de Glória Perez, como disse a MaFê. Hahahaha.

    Obrigada pelo texto mais que maravilhoso :)
    Beijo.

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  6. Tenho que concordar em número, gênero e grau que depois de uma viagem dessa seria o fim das farofadas! HAHAHAHAHAHAHAHAHA
    Tanta "tragédia" e tanta comédia no mesmo texto, raro de se ver. Mas pelo que pude perceber você sempre tira algo engraçado dos momentos de tensões. Muito bom isso! Mas o melhor é imaginar você contando esse causo! Deve ser bem mais hilário.
    Muiiiiiito bom meeesmo! Bejos

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Antônio do céu, que situação, menino! Me lembrou o caso de um conhecido da minha família, que uma vez quase morreu em um desses buracos também. Eu era pequena e lembro perfeitamente da agonia que houve na praia (um lugar muito frequentado por aqui chamado Barra do Jacuípe). Não fosse meu pai, o coitado já nem estaria para contar a história. Ufa, terrível.
    Mas quanto ao seu texto, eu ADOREI. Completamente tragicômico, você soube amenizar a tensão de uma forma única, e foi impossível não rir com as descrições da vó Dilma, tadinha. Hahahaha, acho que no fundo toda avó é meio assim, né? Com aquele jeitão de mãezona e atos quase heroicos que nem sempre dão certo. Ri muito aqui, amei!

    Parabéns pelo texto! :)
    Beijos!

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  9. Só digo uma coisa: pobre Vó Dilma.

    Além da mentira que contaram pra ela sobre o acontecido contigo, teve que ficar assistindo a filha e a nora se afogar sem poder fazer nada pra ajudar... E de lambuja caiu um tombo e ralou o joelho.

    Cara, que história... hehehe

    Abraço!

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  10. Assim como a Lulu, quando comecei a ler o texto, achei que a tragédia fosse num engasgo com a farofa. hahahaha
    E quase que quem morre de rir sou eu, mas ainda bem que essa morte não é morrida. :p
    E cara, depois dessas tragédias, vou agradecer por minha Minas não tem mar, antes nenhum que esse traiçoeiro assim, engolidor de criancinhas e mamães e titias.
    E o que é a Vó Dilma gente?
    Preciso conhecer essa figura! Que momento.
    Trás ela na mala em junho. hahahahaha

    #todoscomenta bombando e a maestria que já conhecemos.
    Eu, no caso, há quaaaaaaaaaaase um ano.

    Seria cômico, se não fosse trágico. Você é a pessoa que mais sabe usar esta expressão no mundo Ton. hahahahahahahaha.

    Ainda bem que o mar não te engoliu aos 7 anos, ainda tem (temos) muita coisa pra viver nessa vida!

    Grande abraço amigo.

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  11. Quando eu comecei a ler o texto achei que tu fosse um mineirinho escrevendo e rachei de rir. kkkkkkkkkk
    No decorrer da leitura fui imaginando cada aperto, cada cena bizarra.
    Meu Deus, escreva um livro sobre isso!
    E já não é atoa que morro de medo de mar!
    Ah vó Dilma, apareça aqui na terra dos fogos.
    Tu és demais Tonton!
    Beijo

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  12. Oii Antônio, ri muito com suas palavras, e sua avó é uma guerreira.
    Ainda bem que não bateu as botas, não teríamos a oportunidade de ler aqui seu cantinho.

    Bjinhos, se cuida

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  13. Nossa Ton, e que momento hein? Dava um bom livro "O Mar Chocolatão". Sério. Cheio de drama e comédia, um best-seller.

    Nossa, vivi algo assim quando tinha uns 11 anos mais ou menos. Só que na piscina dos adultos. Só que no meu caso, o trauma persiste até hoje.

    Ainda bem que nada pior no fim das contas aconteceu né? Nem com você, sua tia e sua mãe. E ainda bem que estás vivinho da silva! hahaha

    Beijos

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  14. E se eu te falar que eu morro medo de mar, mesmo sabendo nadar? Porque tipo, eu sei nadar em piscina. Em mar é diferente, tem a parada da correnteza, das ondas loucas (fico a ponto de defecar nas calças se eu tiver molhando as canelas e aparecer uma onda grande e forte se aproximando). Aliás, tem um caso engraçado. Uma vez fui a praia com uns amigos e tal. Aí falaram: "Vamos entrar na água". Eu respondi que não gostava muito, que preferia ficar na areia e tal. Perguntaram que tipo de nadadora era eu, pra ter medo de água. E eu, pra mostrar que tinha "sangue nos olhos", resolvi entrar na água. Comecei molhando o pé e o cotoquinho (sei que você vai rir loucamente disso), depois fui adentrando mais no mar. A água já tava na cintura. Todo mundo feliz, jogando água no outro e coisa e tal. Falei que eu tava de óculos escuros nessa hora? Não, né? Pois foi, eu tava de óculos. Então, do nada, bem no momento que eu tava de costas pro mar (sabe-se lá por que eu tava de costas e o que desgraça tava fazendo de costas pro mar), vem uma onda louca, gigante e forte. Quando disseram "Olha a onda, Erica!", passaram-se dois segundos e a onda me deu um baque desgraçado. Tudo bem, levantei, então entrei e desespero: meus óculos escuros (de grau, caríssimos) tinham sumido. Comecei a reunir o povo e a começar buscas minuciosas no mar (ó as ideias...). Sem esperanças, claro. Mas eis que então os óculos emerge das águas e eu volto quase correndo pra areia com ele na mão, feliz da vida e, claro, traumatizada com esse negócio de mar. É por essas e outras que hoje só molho as canelas (e olhe lá!) e ainda fico olhando enlouquecidamente, pra identificar uma possível onda, por menor que seja, pra assim poder sair da beira do mar rapidamente.

    Já disse que você é bom nisso de escrever coisas bem-humoradas, né? Você é pra lá de bom nisso, cara. Sou sua fã.

    Um abraço!

    Sacudindo Palavras

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  15. Já no inicio comecei a rir, seus termos dão um ar cômico ao texto (como se ele em si já não fosse) haha Isso me lembra quando eu era pequena, que era só alguém querer me levar para o mar que eu abria o berreiro. E não é que levavam? eu ficava pulando feito canguru, e suspeito hoje que me levavam só pra se divertirem, já que o mar em si é sem graça quando estamos nele.

    Bom demais, Ton!

    Beijo!

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  16. Eu ri, viu! Menino que viagem essa viagem! huehuehuehuheheu tô rindo até pra comentar, mas vamo lá. Um dos momentos que mais achei cômico foi o desejo do pai de virar Maomé e abrir o mar pra passar, onde já se viu ir com o carro a ponto de ondinhas baterem nas laterais?! Que doidinhos! heueueueu Fiquei feliz por não ter tido nada grave nos afogamentos e foi só o susto mesmo! E triste por seu trauma!! Praias são coisas tão legais!!! As do nordeste são as mais lindas, háha ( puxando sardinha pro meu lado que eu não sou besta!)!!
    Que você tenha sempre bons momentos pra contar e fazer sorrir!!
    Abraço!

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  17. Hilário! Hilário!
    Quase chorei de tanto rir e lembrando cenas pessoais!

    Parabéns!
    Grande abraço!

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