Célebre personagem da vida urbana,
que aglomera corpos, vaidades e odores.
Revela a paisagem de uma gente profana
regada à fumaça e ronco de motores.
Andar de ônibus é mais que uma cena bucólica,
é uma saga digna de gladiadores romanos
que por certos momentos soa até melancólica
e sofrida para os seres humanos.
Mais amontoados do que uva em cacho,
aglomerados feito mosca em bicheira,
pode-se ver uma moça faceira,
ou uma velha com cara de tacho.
De pé, o malabarismo é constante,
sentado, uma tensão profunda,
se escapo de uma respiração ofegante,
tenho frente ao nariz uma bunda.
Embalados à malemolência do coletivo
e à expressão concentrada do motorista,
que nem sempre parece estar vivo,
tamanho é o sacolejo que causa a pista.
Outro coadjuvante sempre presente,
nosso sorridente e estimado cobrador.
Passa os dias sentado vendo gente
trovando sobre futebol, política e amor.
Expressões sonolentas, pensativas, preocupadas,
gente gripada, chorando, falando ao celular.
Cochichos, risos, vozes exageradas,
esperando a hora de desembarcar.
É a diária rotina do cidadão trabalhador,
tão doce quanto mascar uma casca de limão.
Necessária para quem exerce seu labor.
Nosso querido, amado, idolatrado, salve, salve: busão.
Tenham um ótimo fim-de-semana, e até segunda! =)
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-
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