METAMORFOSE AMBULANTE

Dentre as muitas mudanças que ocorreram na minha vida nos últimos tempos, uma das principais foi o limpa que fiz nos preconceitos. Tanto de lugares para sair, quanto musicalmente, eu infelizmente agia com um radicalismo que não pode ser classificado como menos do que ridículo.
Entendo que gostos são gostos, cada um tem os seus e ninguém é obrigado a gostar de tudo. No entanto, isso é muito diferente de criticar gratuitamente algo que não agrada. Nessas horas, o respeito às diferenças é o melhor caminho, faz bem para os dentes e conserva a integridade física e moral de qualquer um.
Eis que, nesse momento, escrevo ao som de...pagode. Inimaginável para quem me conhece a mais tempo, mas é a pura verdade. Não sei explicar exatamente, nem sei dizer porque eu não curtia, só o que sei é que agora eu gosto.
Gosto, não, adoro. É muito legal. Aquela batidinha malemolente, balanço fácil, muito bom de dançar, enfim, conquistou este ex-turrão que vos escreve. Não estranhem se a música da semana for oriunda desse ritmo.
O meu objetivo principal ao escrever isso é mostrar que não é aconselhável dizer "desta água não beberei". Por experiência própria, nada acrescenta rechaçar qualquer possibilidade hoje, quando pode-se precisar dela amanhã. Mordi a língua por diversas vezes e digo sem medo, pois prefiro reconhecer as minha faltas, a persistir em erros tão mesquinhos.
Não há como prever o que vem pela frente. As circunstâncias podem nos levar a agir de maneira totalmente inesperada, mudar os hábitos e colocar na boca do povo a famosa frase "quem te viu, quem te vê". Quando se é responsável por seus atos, não há mal algum em mudar certos hábitos, desde que os mesmos venham para o bem, naturalmente.
Hoje eu não tenho vergonha de dizer que vou pra noite fazer festa, que tomo minha cerveja com os amigos, que danço pagode e me divirto bastante. A essência do Antônio, os valores, os princípios morais, estes não mudaram, e a mim é o que importa. Continuo agindo de acordo com o que considero correto e tentando fazer o bem às pessoas.
Quando me diziam que eu julgava demais os outros, me custava enxergar o precioso tempo que estava perdendo ao me preocupar com a vida alheia. Não se pode apontar para os outros quando o dedo está sujo. Cada um que faça da sua vida o que pensar que é melhor, e que arque com as conseqüências de suas atitudes.
Eis aqui hoje um cara feliz, de bem com a vida, que felizmente varreu muitos defeitos e preocupações dos seus dias. Convivendo comigo há 21 anos como eu mesmo convivo, posso dizer que está bem melhor de me aturar, hehehe.
O tempo é a melhor solução para qualquer problema. Muita gente agrava as coisas justamente pela ansiedade, pedra que esteve no meu sapato durante muitos anos.
Pode parecer repetitivo, mas meu único intuito ao escrever essas palavras é mostrar que é, sim, possível melhorar o que há de negativo em nossas vidas. As respostas estão todas dentro de nós mesmos, basta que nós as aceitemos e coloquemos em prática. Simples assim.

Boa semana!

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