HOLIDAY

O feriado de 7 de setembro é um divisor de águas no calendário de qualquer ano corrente. A partir dele, sabemos que o Natal chegará em questão de segundos, encaixando feriado atrás de feriado (obsceno, mas real) e, conseqüentemente, esvaindo o último terço de 2007.
Como todo trabalhador que se preze, estou lépido e faceiro. Quinta com cara de sexta, que momento! É como se tivéssemos dois domingos. A mente ilude-se de tal maneira, que chega a exalar endorfina pelos poros.
A equação é simples: feriado + Antônio = fazenda. Três dias de descanso, longe da civilização, apreciando e curtindo meu pequeno recanto paradisíaco nos campos de cima da Serra. Gosto de ir pra lá, pois, além de estar no lugar que mais amo nessa vida, ainda posso pensar, refletir, fazer meus exames de consciência, tudo sem o menor perigo de o celular tocar, a internet cair, ouvir uma buzina de carro e outros sons que constituem a imensa poluição sonora dos centros urbanos.
No máximo, o canto dos pássaros, carucacas em cima da casa, ou o estridente cantar das siriemas. O mugido de um bovino, talvez, ou qualquer outro som que a natureza tenha a me oferecer. Nada como esticar as pernas embaixo de uma árvore, fechar os olhos e escutar o silêncio. Sim, não endoideci, é escutar o silêncio mesmo. Deixar o coração e a mente falarem, dar atenção à assuntos que nem sempre a correria de Novo Hamburgo me permite analisar.
Estarei de volta no domingo, renovado e, queira Deus, com idéias novas, pois já não agüento mais escrever sobre meteorologia e outros assuntos fajutos e batidos. Digamos que preciso clarear os pensamentos para abordar as questões "quemomentistas" com discrição, subliminaridade e propriedade ao mesmo tempo.

Hoje o Marquinhos esteve lendo meus primeiros textos, lá do distante ano de 2004, quando, no auge da impulsividade, eu metia os pés pelas mãos em tudo o que fazia, inclusive nos textos. Foi bom reler aquelas palavras e perceber que, frente a situações parecidas, eu consigo agir de maneira totalmente diferente, segura e não tão prejudicial aos que me rodeiam.
Os tombos servem pra isso mesmo, para levantarmos, sacudirmos a poeira e aprendermos as lições. Sempre haverá alguém insatisfeito, é bem verdade, mas tudo são frutos daquilo que plantamos anteriormente. Maaaaasss, isso é assunto para oooutro dia...

Bom feriado a todos!

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