A TEMPESTADE E A BONANÇA

Após muito tempo avesso a lamúrias, eis que incômodas nuvenzinhas negras instalaram-se acima da minha cabeça. Hoje não é um dia legal, confesso. Mas, como blog é pra essas coisas, venho desabafar, na tentativa de melhorar o quadro atual e anunciar melhoras no próximo boletim médico.
É complicado explicar o que acontece sem explicitar os fatos, mas vá lá. A verdade é que a minha velha impulsividade andou colocando o pé para eu tropeçar, e acabou me derrubando a danada.
Não costumo me arrepender dos meus atos, já que me considero unicamente responsável pelas minhas escolhas, mas isso não me impede de temer as conseqüências que virão pela frente. Como diria meu avô, botei a caçada no mato com apenas um passo em falso.
A primeira reação sempre é a fuga, pelo menos comigo. Dá uma vontade tremenda de sair correndo, me esconder, passar dias lá na fazenda, pensando, colocando as idéias em ordem, enfim, tentando achar uma solução para as merdas que fiz.
Contudo, não é mais tão fácil assim, passou o tempo em que fugir era a melhor saída. Resta encarar os fatos e aceitar o resultado que virá de agora em diante. Até porque, nem tudo está perdido, ainda que eu pense que o revés é uma realidade bastante provável, mas vá saber, né. Nessas horas, prefiro abster-me de previsões, pois as construirei de maneira nefasta se as fizer.
Pois é, mas nem tudo são espinhos. Mesmo cabisbaixo, macambúzio e com a garganta doendo, o Cara lá de cima mexeu os pauzinhos e deu um jeito de melhorar a situação, mandando palavras deveras contundentes de pessoas muito importantes, que me fizeram enxergar as janelas abertas, ao invés de ficar prostrado diante de uma possível porta trancada.
Há muito tempo eu vislumbrava a espontaneidade nas palavras de um bom amigo, esperava por atitudes não mendigadas, que fossem realmente sinceras e concretas. E eis que, para minha sorte, encontrei quem haja dessa maneira com tamanha maestria, capaz de colocar o sorriso nessa minha cara de quem chupou limão azedo na quarta-feira de cinzas.
A vida não é feita somente de acertos e alegrias, ela também tem lá seus dissabores. Mas, como costumo dizer, tudo é uma questão do grau de importância que concedo aos problemas e às prosperidades. E nada melhor do que um amigo para iluminar as idéias e mostrar o quanto vale a pena valorizar o lado positivo, o que conseqüentemente abranda os percalços.
Vou me permitir deixar que o tempo se encarregue de me fazer enxergar a melhor resposta e, quem sabe, constatar que é fazendo merda que se aduba a vida. A abelha, no meio do esterco, encontra uma flor. A mosca, no meio das flores, encontra o esterco. É uma questão de opção.
Por hoje é só.

PS: Novamente, valeu, Jader!

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