Quarta-feira de cinzas, que momento. O dia ideal para se fazer o balanço da folia.
Um carnaval é uma vida, acreditem. E eu que sempre pensei ser esta mais uma parca festa móvel, símbolo apenas do real início do ano no Brasil. Não é. Não foi.
Em termos de badalação, a dose foi mais do que suficiente. Depois de tantos tormentos, era necessário esquecê-los um pouco, fechar os olhos, baixar a cabeça e pôr as pernas para trabalharem. Dancei.
Foliar é dormir pouco. Ou dormir mal. Maldito sorvete, porque a cerveja não tem culpa de nada. De qualquer forma, restaram as cinzas, os confetes e as serpentinas espalhados pelo salão.
E o amor?
Pois é, capítulo à parte. Somente ontem, ao apagar das luzes, é que novamente estive perto do amor. Um carnaval longe da namorada significou estreitar laços com a boa e velha "ceva", que, como eu disse, não pode ser culpada por coisa nenhuma. Até porque, quando se tem convicção de algo, nem mesmo o espírito libertino dessa época do ano pode combater a solidificação de um sentimento bem construído.
A propósito, convicção. Belo vocábulo.
Um carnaval é uma vida, acreditem. Pelo menos para os pouco convictos. É possível despertar leões adormecidos em quatro dias, para minha incrédula surpresa. Ou satisfação, é claro. Quem era carta fora do baralho voltou, e quem era bola na pequena área foi afastado para escanteio por uma zaga nada viril, mas de uma sagacidade, até certo ponto, covarde.
Dos males, o menor. Valeu à pena descobrir que a solidão jamais será uma realidade, a partir do momento em que a rotação de culturas foi implantada neste solo fértil, tanto quanto as terras às margens do Rio Nilo.
Entretanto, sendo o carnaval uma vida - acreditem! - mais do que qualquer marchinha de carnaval, a tradição fica por conta das certezas, ainda que algumas delas tenham me causado certo espanto.
Dúbio? Confuso? Latente? Os três, talvez. Porém, o que é o carnaval, senão isso? Confusão, muito riso, alegria e, claro, mais de mil palhaços no salão... Que nada. A bem da verdade, o carnaval é uma vida.
Acreditem.
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Há 2 dias
É, muitas coisas subententidas nesse texto, agora vai da interpretação de cada um... afinal, somente quem escreveu pode saber o que realmente significa.
ResponderExcluirE, se existe uma vida no carnaval, espero que a tua tenha sido boa. Assim ajudou a esquecer os momentos não tão bons dos últimos tempos.
Bj!
Quanta agitação...
ResponderExcluirMe agitei só em ler...
E que bom que tu aproveitou bastante esses dias...
Já eu, me enchi de ócio...
hehehhehe
Beijão
Pois é, de fato eu não captei a mensagem escondida aí. Tenjho várias improváveis versões da verdade na cabeça, mas prefiro ficar apenas no agradecimento pelos elogios que me deu no meu blog (show demais, obrigado!) e dizer que se tenho melhorado, é por me inspirar em ti, ;)
ResponderExcluirAbração, mano!
Fazendo um breve resumo sobre os últimos textos, vamos da poesia ao carnaval. Unindo tudo isso a arte. E onde tem arte, por mais simples que seja, sempre haverá um brilho especial.
ResponderExcluirO melhor de tudo, no entanto, foi a definição do verão hamburguense:
"Certa vez, fazia um calor desumano em Novo Hamburgo. Aliás, dizer isso é besteira, já que o verão nessa cidade já é normalmente o próprio Apocalipse anunciado."
Perfeito, hehehe.
Forte abraço deste primo velho de peleias.
Pra mim o Carnaval foi bom, muito bom!
ResponderExcluirBom que pra você também foi... Pena que foi longe da namorada, né?
Eu sempre aproveito essa época do ano e amo, não pela folia e badalação, mais pelos dias de descanso e folga. ;)
Bjitos!