ADEUS, 2004!

Fim de mais uma etapa na vida de todos. Mais um ano que se foi. É hora de jogar fora os calendários de 2004, agora obsoletos, e pregar os novíssimos calendários de 2005 em lugares visíveis e práticos.
Pode parecer somente mais um ato corriqueiro, mas trocar o calendário significa dar boas-vindas a uma nova fase da vida. O fato de observar o calendário do ano que está chegando, conferir em que dia cairá seu aniversário, quando serão os feriados, se haverá alguma sexta-feira 13 e, conseqüentemente, sonhar com o que de bom 2005 trará para a existência de cada um.
Nessa hora também acaba-se por verificar a memória e relembrar o que de bom aconteceu em 2004. É um calendário que não vale mais, mas que um dia também foi muito importante para que sonhássemos, para que planejássemos. É uma lembrança eterna. Há quem queira esquecer o ano que vai embora, há que desejaria que ele possuísse mais alguns meses. Toleimas. Criamos o tempo, agora temos que seguí-lo.
Em 2004, pessoas nasceram, outras morreram. Alguns arranjaram emprego, outros perderam o que possuíam e outros ainda trocaram de emprego. Alguns viajaram, outros ficaram o ano todo em sua cidade (e planejam viajar muito em 2005 para recuperar o tempo perdido). Namoros começaram e terminaram. Perdemos o contato com tantas pessoas, mas também fizemos vários amigos novos.
Descobrimos que aquele amigo, tão confiável, não é tão confiável assim. Em contrapartida, aquele que pensamos que nunca seria um amigo, revelou-se uma pessoa maravilhosa.
Muitas pessoas tiveram seu primeiro bichinho de estimação, outras perderam aquele que acompanhava a família há mais de 15 anos...
Todos fizeram aniversário, mas nem todos o comemoraram. Uns tomaram seu primeiro porre (e, se duvidar, o repetiram em seguida), outros deixaram de beber. Crianças perderam seu primeiro dente, velhinhas arrancaram os poucos que restavam e colocaram dentadura.
O dólar subiu, depois baixou. A gasolina subiu. O álcool subiu. Tudo subiu, até o salário subiu. Só o Grêmio desceu (e o Guarani, o Criciúma e o Vitória). Quer dizer, alguns velhinhos com mais de 70 também viram outras coisas descerem e não subir mais.
Bandas famosas sumiram, outras estouraram justamente nesse ano. Novelas terminaram, começaram outras (mesmo que as histórias sejam sempre as mesmas). Deixamos de usar frases que saíram de moda, passamos a usar outras.
Pelo menos uma vez, o papel-higiênico acabou em hora imprópria, pelo menos uma vez choveu e não tínhamos guarda-chuva. Pelo menos uma vez nos atrasamos para um compromisso, pelo menos uma vez alguém nos deixou meia-hora esperando.
Gordinhos prometeram começar uma dieta rigorosa, e não cumpriram. Mas alguns conseguiram, e perderam 30 quilos. Magrinhos comeram demais, e engordaram quase 15 quilos. Passaram filmes bons e ruins no cinema. Pessoas deixaram os bons passarem, e foram assistir justamente aos ruins.
Muitos começaram o ano com o quarto arrumadinho, faxinado nos últimos dias do ano anterior, e agora o quarto está uma zona, até a empregada se perdeu lá dentro. Outros tomaram jeito e deram uma geral no quarto pela primeira vez. Para alguns não adiantou nada, pois no mês seguinte a bagunça voltou.
Tantas coisas aconteceram, porém muitas vezes a gente nem percebeu, e elas passaram. Agora, até o ano passou.
Todos fazemos promessas de melhora no último dia do ano. A minha, é começar a prestar mais atenção às coisas que acontecem à minha volta, e não somente reuní-las em um texto no último dia do ano. Observar as coisas boas e simples da vida (e aproveitá-las), e deixar as paranóias de lado. Acreditar mais, sorrir mais, abraçar mais, rezar mais. Xingar menos, errar menos, mas errar, para aprender algo para 2006.
E chega, senão não cumpro tudo.

Aos leitores do blog, um Feliz Ano Novo, cheio de aprendizados, felicidades, desejos realizados. Objetivos dando certo, rotas traçadas mudando de uma hora para outra. Um ano cheio de vida, que todos vivam intensamente, e deixem apenas as árvores existirem simplesmente. Tudo isso, para que, quando formos trocar novamente os calendários, termos consciência de que ela teve um papel importantíssimo em nossas vidas, e que não foi posta aonde estava em vão.

Um grande abraço, e até o ano que vem!

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