COMO AS PESSOAS SÃO

Observar as pessoas é uma maneira eficaz de aprender um pouco sobre as belezas da vida. Hoje o Effatha, grupo de jovens do qual faço parte, retomou as atividades para 2005. Nessa primeira reunião, cada um fez uma retrospectiva do seu ano de 2004, dando um pequeno depoimento pessoal dos fatos que marcaram o ano que passou.
Naturalmente, cada membro do grupo teve um ano diferenciado, e pôde contribuir com assuntos interessantes. Entretanto, o que mais chamou a minha atenção foi o jeito de cada um. Características próprias na maneira de falar, de se expressar, os gestos típicos de cada um, a entonação de voz e até mesmo o foco que cada um deu ao assunto.
Sabem, eu acho isso muito bonito, pois isso torna cada pessoa única, especial. Se qualquer um faltasse, ninguém poderia suprir a falta do mesmo, já que a maneira de contribuir para o bem-estar do grupo é exclusiva de cada participante.
Para nós, jovens, que vivemos em grupo constantemente, fica evidente o quanto é importante esse tipo de convivência. Dessa maneira, tu podes observar teus amigos traçando suas metas de maneira ímpar, enfrentando situações que se apresentam da mesma forma para todos de um jeito inteiramente pessoal.
Daí teve aquele que falou bastante, falou bonito, com palavras claras, voz firme, tudo especificado. O mais quieto também pediu a vez, contou um pouco da vida, enquanto coçava a cabeça, passava a mão no queixo. Quem era mais sensível especificou seu ano de maneira emocional, de um jeito delicado. Os mais retraídos falaram pouco, meio encabulados, voz baixa. Mas todos falaram, todos assumiram a sua postura de integrante do grupo. Todos tiveram vontade de participar falando e escutando o depoimento dos outros.
Pessoas diferentes, vidas diferentes, amizades sólidas. Todos especiais, cada um do seu jeito. Altos, baixos, uns mais gordinhos, outros até bem magros. Esse usa óculos, aquele veio de calça, mesmo no calor, já que veio direto do trabalho. Toda essa miscigenação torna o grupo bastante heterogêneo e com uma capacidade de trabalho em equipe extremamente positiva.
Perceber o que cada um tem de diferente e marcante dá forças para que se faça uma auto-avaliação e identifique quais são as características que só eu posso dar ao grupo, que só eu possuo. Seja um trejeito facial, seja um vício de linguagem, não importa. É meu, é único, como únicos são os meus amigos com suas contribuições, para que eu também possa aprender com eles.
Perceber-se especial é imprescindível para que possamos enxergar no outro a sua marca, a sua peculiaridade. Por isso a convivência em grupo é tão valiosa. Tesouros que às vezes passam despercebidos por nós, mas que, se valorizados, podem fazer nossa vida mais feliz, podem nos ajudar a crescermos como seres humanos. Em suma, é a prática do amor ao próximo, do respeito ao semelhante, como indivíduo único. Todos podemos ser contribuintes para a felicidade dos que estão à nossa volta. Precisamos apenas nos darmos conta disso, vale a reflexão.

Um abraço a todos, fiquem com Deus!

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