NO EMBALO DA VANEIRA

Pois ontem eu fui a outro baile, com meu mais novo amigo Bruno, o qual eu também descobri que é meu primo. Em sexto grau, mas é meu primo. Como eu já disse, aqui em São Chico todo mundo acaba meio parente.
Dançamos até os pés pedirem clemência. Os meus mesmo, estão em pandarecos. E preciso confessar: como é bom ter os pés em pandarecos!!!!!! Até o chamamé eu acabei aprendendo a dançar ontem. Ainda bem que ainda existem criaturas bondosas no mundo que têm a paciência de ensinar.
Bueno, vou resumir o baile, citando apenas os fatos mais curiosos. O Bruno já começou a perceria comigo mostrando que tem espírito de equipe. Volta e meia, passava uma moreninha me secando. Dali a pouco ele mesmo disse: "Cara, tira essa guria pra dançar". Já com a vergonha perdida na festa da Várzea, o fiz com perfeição. Acontece que a morena tinha uma amiga que, de tão feia, chegava a ser horrível. E o Bruno "véio" matou no peito e tirou ela pra dançar. Espírito de equipe!!! Pena que depois a guria ficou perseguindo ele o baile todo, e o coitado se viu em apuros. Até errar os passos das músicas de propósito ele errava, só pra ver se espantava o tribufu!
Depois disso, outro fato inesperado. Estamos ali, bem tranqüilos, conversando, quando, de repente, eis que aparece uma guria na minha frente e pimba: estica a mão para mim. Sim, a guria me tirando pra dançar!!! Essa foi mundial. Como bom cavalheiro que sou, não fiz desfeita e fui ao salão com ela. Mas no fundo, no fundo, eu acho que foi apenas uma tática para deixar o Bruno sozinho e aquele dragão chegar nele de novo. Ainda bem que ela não teve coragem...
Ah, lembram da morena clara que eu disse que conheci lá na Várzea? Não a de Caxias, mas a outra. Pois é, ela estava lá, mais linda que laranja de amostra. Entretanto, tirar a guria para dançar estava mais difícil que parto de porco-espinho. Eita guria cobiçada! Cada vez que eu pensava em me deslocar na direção dela, enxergava ela no salão dançando com outro. Daí, quando finalmente consegui chegar perto dela, a guria estava com os pés cheios de bolhas. É dose pra leão! Pelo menos ela me apresentou a melhor amiga dela e também a irmã mais velha, com quem dancei posteriormente.
Aliás, agora vem o último fato. Bem quando eu estava dançando com a irmã da queridinha, lá pelas 4 da matina, eis que estoura uma verdadeira revolução dentro do CTG. Pra variar, os seguranças tomaram um couro. Era um tal de gente correndo pra todo lado, neguinho erguendo cadeira e estourando nas costas do segurança magrinho (que ironia, um segurança do tamanho da Daya), um alemão lá saindo com a cabeça toda ensangüentada e tudo o mais. A guria simplesmente grudou minha mão e não soltou mais. Pensei: é hoje! Mas não foi. Era só medo mesmo. Bem, quando a poeira parecia que ia baixar, voltamos a dançar. Doce ilusão...De repente, vem aquele entrevero lá de fora, invadindo salão, gente gritando, velhas perdendo a chapa (essa eu inventei), novas cadeiras erguidas, novos seguranças apanhando (e o magrinho também), sangue escorrendo no chão e o Bruno e eu ali, observando a paisagem. E, claro, a guria apertando cada vez mais a minha mão.
Conclusão: o conjunto que estava tocando encerrou o baile por ali mesmo, às 4 e meia. Me despedi da guria e da queridinha da irmã dela e fomos para a casa do Bruno bater papo, até amanhecer.
Do baile, foi isso. Tenho apenas mais algumas considerações a fazer.
Agora que achei esse meu primo festeiro, 2005 vai bombar. Altos bailes, em São Chico, Novo Hamburgo, Canela e onde mais aparecer. O cara é muito gente fina, muito parecido comigo. Pelo jeito, vamos marcar presenças em muitos CTGs, pois a empolgação inicial agradou.
Minha vida começa a tomar um rumo. Eu que nem lembrava mais de como era ser solteiro, agora estou adorando essa vida, e pretendo não sair dela tão cedo. Tenho muita sola de bota pra gastar nesse ano, e para isso preciso estar em forma. Por isso, convido a qualquer guria parceira e disponível para fazermos um curso de fandango o mais breve possível. "Para se aperfeiçoar", como disse o Bruno.
É bom começar o ano com planos. Dá um ar positivo para a coisa. E, do jeito que a coisa vai, vejo que tudo vai se cumprir numa boa, no embalo da vaneira (ou do chamamé, que seja).

Grande abraço a todos os assíduos leitores desse blog em férias, que breve voltará com a corda toda!

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