COISA DE CINEMA

Já faz um bom tempo que eu não escrevo sobre algo do qual eu desgoste. Por isso, chegou a hora.
Lendo alguns jornais velhos, que são só o que me resta na fazenda, achei uma reportagem sobre o Harry Potter no caderno Bah! do dia 20/01/05. Nela, dois trechos chamaram a minha atenção. Ei-los: "Um misto de alegria e tristeza deve estar tomando conta dos fãs de Harry Potter pelo mundo afora. A autora da série, a escocesa Joanne Kathleen Rowling, 39 anos, anunciou recentemente que acabou de escrever o sexto volume da obra." e "A autora escocesa Joanne Kathleen Rowling, de 39 anos, tem uma fortuna superior a 400 milhões de dólares."
Para quem gosta do tal bruxo, vai um conselho de antemão: pare de ler o texto por aqui, pois vou sentar a chinela com vontade. Esse é um dos poucos espaços aonde tenho liberdade para opinar, independentemente de estar certo ou não, por isso vou escrever o que penso sem censura nenhuma.
Quanto aos trechos da reportagem, devo admitir que o primeiro é uma questão de cunho pessoal mesmo. Por mais que eu me esforce, não vejo graça alguma nessas histórias de magia, bruxaria e o diabo a quatro. Tanto, que nunca me prestei a olhar qualquer um dos filmes ou ler os livros. Olhei todos os três Senhor dos Anéis e gostei da movimentação dos filmes, mas quando abri o livro, li uma página e larguei de mão. É fantasia demais para mim.
Aí, claro, vem a resposta na hora: "Ah, mas como podes criticar algo que não conheces?" Só que não é por aí. Gostos, cores e amores são indiscutíveis. Não tenho a mínima intenção de convencer alguém a deixar de gostar do Harry Potter. Não perderia meu tempo com toleimas dessa natureza. Eu apenas penso que é um desperdício fazer de algo totalmente fictício um vício (rimou!). Acredito que todo o vício é prejudicial à sanidade. Daí os caras já estão ganhando diarréia pelo simples fato de que o sexto livro está pronto e, com isso, falta apenas um livro para a saga terminar.
Tchê, convenhamos, gostar é diferente dessa loucura que vemos em fóruns da internet, aonde a gurizada discute a vida desse bruxo, cujo ator que o interpreta está podre de rico e dando risadas dos viciados que o enriqueceram, como se a personagem fosse a pessoa mais importante do mundo. Vou gargalhar aos borbotões quando anunciarem que ele morre no último livro, fazendo com que milhões de pessoas arranquem os cabelos e chorem compulsivamente.
E uma coisa puxa outra. Vejam o segundo trecho da reportagem que destaquei. Quatrocentos milhões de dólares. E os fãzinhos deixam isso passar despercebido. Puxa vida, mais de um bilhão de reais!!! É muito dinheiro por pouca coisa. Desse jeito, até eu vou criar uma personagenzinha inócua, inventar meia-dúzia de fantasias bobinhas e publicar, para ver se enriqueço também.
Caramba, gente morrendo de fome a todo momento, aquele Tsunami matando milhares de pessoas, e a dona Joanne no seu castelo, com 400 milhões de dólares na conta, preocupadíssima com o desfecho do último livro do seu amado bruxinho, que certamente lhe renderá mais alguns milhões de dólares e transtornará mais alguns milhões de pessoas, afoitas pelo lançamento da genial obra. Ora, façam-me o favor, é realmente demais para a minha ignorância. Bem que eu queria ser mais um viciado nesse monte de mentiras e fazer disso a minha vida, mas ainda não consegui tal façanha. Gosto mesmo é de Chaves e Pica-Pau, que, quando eu desligo a televisão, ficam lá na ficção e a minha vida continua. Fazer o quê, se existem pessoas que preferem uma partida do glorioso "quadribol", ao invés de se preocuparem um pouco em melhorar o vocabulário ou aproveitar a vida de formar mis saudáveis...É a vida!

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