CORUJICES, E OTRAS COCITAS...

É surpreendente a capacidade que certas pessoas têm de abafar seus defeitos, apontando os dos outros. Penso até que, de uma forma ou de outra, todos nós acabamos fazendo isso. Mas tem gente que exagera.
"Você não é o assunto preferido dos outros, Antônio". Li essa frase na semana passada, exatamente da pessoa que mais adora especular a respeito do que faço ou do que deixo de fazer. Ora, vá ler um jornal, navegar na internet, olhar desenho animado, jogar paciência, mas me deixe quieto, pombas! Estou aqui, longe, apareço mal e porcamente uma vez por semana para ver minhas amigas, e ainda assim incomodo? E o direito de ir e vir? Minha presença é tão incômoda assim? Eu mesmo posso responder que não. Tenho lá minhas muitas falhas, mas já está virando perseguição.
Eu bem sei que pessoas assim não mereciam esse tipo de atenção, mas a coisa vai escancarando tanto, que até minha avó ficou com vontade de dizer umas verdades a quem merece ouvir. Citar o nome? Eu até poderia, mas este blog ainda seleciona as pessoas citadas, ainda há um critério de seleção.
Tentei conversar, tentei o diálogo, parei com a indignação, me afastei, fui cuidar da minha vida. Não adiantou. Mesmo à distância, insistem em saber o que faço, ou recriminarem a minha presença. Era pra participar de um grupo mais maduro? Pois bem, eu fui. Com certas restrições, mas fui. Era pra amadurecer, arranjar um emprego, para não ficar para trás? Ok, arranjei o emprego. Carteira assinada e tudo. E agora? Qual é o defeito. "Mesmo à distância, ele cria guetos." Ora, vá ver se eu estou na esquina. Tenho culpa em haver pessoas que sentem saudades de mim e vêm falar comigo quando eu apareço?
É por essas e outras que estou desistindo de estudar. Quanto mais a pessoa estuda, mais paranóica fica. De que adianta entender todos, saber resolver os problemas dos outros, se não se consegue resolver as próprias diferenças? Mima-se uns, escarra-se em outros. Hoje você serve, amanhã não mais. Aquele que outrora fora "uma pessoa de muito valor", hoje "é imprevisível". Eu, imprevisível? Pode ser. Mas não sou eu que trato as pessoas um dia na palma da mão, e no outro quero vê-las pelas costas.
Cuidado amigos leitores, muito cuidado com as pessoas dotadas de algum poder. De um jeito ou de outro, elas acabam manipulando a vida dos outros.
Agora estou aqui, na minha casa, descansando. Enquanto isso, alguém pensa na melhor desculpa para me manter longe. Doce ilusão. Toleimas, me atrevo a dizer. Diz-se que o que Deus uniu, o homem (ou qualquer projeto dele) não separa. Pois bem, eu penso que minhas amizades vêm de Deus, e por isso creio na força delas. Tenho provas todos os dias de que, quem me ama de verdade, não corre da peleia por pouco (e nem por muito).
"Deixa pra lá", tenho dito nos últimos dias. Mas o desabafo é necessário. Afetar seriamente, isso não afeta mais, porém ninguém gosta de ter seu nome em qualquer boca por aí. Tenho a certeza de que esse tipo de atitude não mudará a opinião das pessoas certas, mas rezo para que Deus dê uma ocupação melhor para a mente dessa...pessoa (melhor deixar assim mesmo).
Deus...tem tanta gente que fala, fala, fala d'Ele, mas, na hora de pôr em prática os ensinamentos, esquece que o Mestre disse "amai-vos uns aos outros, como eu vos amei". Pra onde vai essa frase na hora de denegrir a vida alheia? Sem dúvida, é uma boa pergunta...

Um abraço!

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