PÓS-FERIADO

Não sei você, amigo leitor, mas eu aproveitei o meu feriado da melhor maneira possível. Fui para o lugar que mais gosto, fazer o que mais gosto. Esqueci de tudo, e tratei de limpar meus pensamentos. Andei muito a cavalo, tirei leite de vaca, colhi macela no campo (de pés descalços, pois as botas apertavam meu pé), enfim, fui à desforra.
Deu até vontade de chorar quando olhei para trás, e vi que estava voltando para casa. Fiquei refletindo que essa vida que a gente leva é totalmente ao contrário. Ou a minha, pelo menos. Trabalho todos os dias em algo que não é a minha vocação, passo a semana com gente que não fede nem cheira para mim, tendo apenas o fim-de-semana para aproveitar o que há de bom na minha vida, quando muito.
Feriado então, é uma vez na vida, outra na morte. Mais difícil que parto de porco-espinho. Eu ainda fico por aqui, nessa poluição medonha, sonora, visual, respirando monóxido de carbono e sem ambição nenhuma de melhorar de situação, apenas por um motivo: as pessoas que amo estão aqui. Sendo assim, enquanto eu agüentar, continuo aqui com meus amigos, ganhando meu dinheiro, para gastá-lo apenas no fim-da-semana, em coisas fúteis e totalmente dispensáveis. É como eu disse para minha avó, pelo menos tenho dinheiro para, se preciso for, encher a cara.

Pessimismos à parte, permitam-me que eu faça um resumo do meu feriado. Saímos daqui, Guto (ilustre leitor deste blog) e eu, na quinta-feira, às 23 horas. A trezentos metros de São Francisco, eis que fomos premiados com uma ilustre blitz policial. Pente fino, carros, motos, tudo sendo revistado. Isso, à meia-noite. Saímos de lá, já era 01:30, p**** da cara, e fomos dormir. No outro dia, cedinho, fomos para a fazenda. Paramos na estrada para colhermos macela, que depois fomos descobrir que era falsa. À tarde, fomos para o campo com meu avô, e então colhemos a verdadeira macela. Inclusive, se alguém gosta de ter em casa macela colhida na Sexta-Feira Santa, pode solicitar a mim, pois tenho aqui saindo pelos tubos.
Jogamos canastra, campereamos, rimos à beça do meu avô, ri à beça do Guto, campereamos novamente, ensinei alguns macetes campeiros para o Guto (agora ele já sabe o que é uma vaca mocha, ou uma vaca barrosa, por exemplo), tirei leite das vacas, escrevi cartas, devido à inspiração que aquele lugar me dá.

Já o Guto, aproveitou para dormir. Das 72 horas do feriado, deve ter dormido umas 40. Atualizou o sono para o mês de abril todo. E também tomou chimarrão que, misturado com cuscus e leite-quente, resultou numa bela desinteria. Mas isso são apenas detalhes que o deixarão louco da cara, quando ele ver que publiquei. Isso que eu nem contarei o acontecido com o papel-higiênico, para não causar maiores constrangimentos. :)

Como eu já disse antes, foi uma pena ter voltado. Apego-me no fato de que verei pessoas especiais nessa semana, dando-me o direito de citar dois nomes importantíssimos: Bibi e Cíntia. O amigo leitor já deve ter notado, tanto pelos meus textos, quanto pelos comentários delas, que elas são muito importantes para mim. Não que eu queira desmerecer os não citados, mas quando as pessoas merecem, devem sim ter seus nomes citados.

Durante a semana, de acordo com minha inspiração literária, publicarei algumas idéias que surgiram durante o feriado, de histórias bastante interessantes. Dito isto, sem mais nada a constar, encerro este post, que fica assinado por mim, um dos fundadores do blog. Antônio Dutra Jr.

PS: Um abraço!

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