(IN)DECISÕES

Sim, eu sou imprevisível. Não creio que isso prejudique tanto as pessoas o quanto dizem, mas tenho essa característica aguçada. Desde pequeno, eu sempre fui indeciso. Sempre analisando cada detalhe dos efeitos de cada atitude, mas ao mesmo tempo agindo muito por impulso. Bem-vindos à minha adolescência.
Lembro-me bem das vezes em que ensaiava várias vezes em frente o espelho frases que diria à guria que gostava, na época de 6ª, 7ª e 8ª séries e, na hora H, travava. Lembro das argumentações que preparava contra possíveis ofensivas à minha pessoa, e na hora sempre ficava quieto. Em compensação, várias vezes em que nada estava planejado, eu acabava tendo várias atitudes espantosas. Em algumas, eu arrasava. Noutras, nem tanto.
De um tempo para cá, tenho usado a indecisão em virtude de algo, digamos, benéfico. Se alguém me perguntar o que é uma amizade verdadeira, eu respondo que é desistir de algo que você mais ama, só para não ver o amigo chorar. É mudar de idéia de uma hora para outra, surpreendendo quem achava que tudo estava acabado.
A minha vaidade me leva a afirmar que esse é o meu "tempero". Quando as pessoas menos esperam, vem o Antônio com algo inesperado, novo. Como eu queria usar isso apenas em atitudes boas, mas meus defeitos impedem que isso se concretize. Tenho consciência de que minhas várias falhas magoam as pessoas que me amam, e estou tentando melhorar. Entretanto, como todo vício, esse hábito de mudar rapidamente de idéia em alguns aspectos é difícil de ser abandonado. Não custa tentar.
O fato é que vou dar-me mais uma chance. Passei por pouquíssimas coisas desde que voltei de São Chico, para já mudar novamente. Minha avó sempre diz que "com o andar da carroça, as melancias se ajeitam".
Lamento apenas que ainda existam pessoas que, insistentemente, adoram julgar minhas ações. Mas esse é outro assunto, e, portanto, merece outro título, que eu chamaria de...

TELHADO DE VIDRO:

Pois é. Minha opinião a respeito de julgar e/ou criticar as pessoas é bastante peculiar. Sabem, eu não sou contra criticar, nem muito menos julgar os atos de alguém. É claro que todos sabemos que isso é errado, cada um deveria cuidar da sua vida, mas isto está virando hipocrisia. A crítica e o julgamento estão no nosso sangue.
Eu mesmo assumo que sou uma pessoa bastante ácida em meus comentários, o que gera um certo desconforto em quem bate de frente comigo. Sim, eu falo mesmo, faz parte do que eu chamo de sinceridade.
Agora, como toda moeda, esse assunto tem dois lados.
Mesmo fazendo isso abusivamente, eu não costumo fazer vista grossa para os meus defeitos. Sim, porque a maioria é assim. Todo mundo é isso, é aquilo, mas eu, "ah, eu não sou assim".
Tchê, se tem algo que eu aprendi, foi a assumir minhas tantas falhas. É claro que existem algumas com as quais a gente não concorda, mas existem aquelas que não dá pra esconder. As minhas formam um belo rol: indecisão, excesso de crítica e julgamentos, teimosia, guardar mágoas e vááárias outras. Talvez seja por isso que eu também sou tão vaidoso, e por que não dizer, narcisista. Ora, se eu aprendi a ver meus defeitos, por que não enxergaria as qualidades?
Sabem, essa semana eu fiquei sabendo de um indivíduo por aí que andou se rasgando a falar dos últimos acontecimentos da minha vida. Uh, língua! Falou, falou e falou, mas disse uma coisa bem interessante: foi justamente essa pessoa quem disse que sou crítico demais e que julgo as pessoas. E não ficou só nisso, pois essa pessoa também julgou e criticou bastante minhas atitudes.
Curioso, não? Disse que eu sou uma coisa que ela estava fazendo naquele exato momento. Aonde fica a autocrítica de uma pessoa assim? Tá certo, a pobrezinha teve uma bela mestra na arte de julgar o Antônio, mas e o telhado de vidro? Sabem o que vai acontecer? O Antônio vai lá jogar pedra! :-d

Bom, por hoje chega, mas o debate está lançado. Eis aí dois assuntos que despertam opiniões diferentes.

Grande abraço a todos!

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