2007

O primeiro texto desse ano poderia ser escrito num dia melhor, confesso. Porém, nada posso fazer, se sinto vontade de escrever justamente nas horas menos alegres.
Diferentemente da idéia inicial, de chutar o balde, soltar os cachorros e desabafar tudo o que está entalado na garganta, não vou contar as chorumelas que me deixam indignado. Para isso, existem as entrelinhas.
Falemos então de 2007. Hoje, 19 de janeiro, o primeiro mês do ano é questão de estalos para ficar para trás. Há dois anos que freqüento a Festa na Várzea do Cedro nesses idos de janeiro, feito que, infelizmente, não ocorrerá neste ano.
Um ano novo desperta, pelo menos em mim, o desejo de mudar algumas coisas, principalmente para melhor (tá, colocação óbvia, mas não vou apagar). Até banho de sal grosso eu tomei no dia 31, na tentativa de espantar os maus-olhados. Resultado: na primeira pelada que fui jogar no ano, uma lesão nas costas que nunca tinha me acontecido. Moral da história: banho de sal grosso não serve para nada, a não ser para o couro ficar ardendo.
O fato é que, qualquer mudança concreta, só ocorre através da prática. E nem toda prática funciona quando nem todos contribuem. Mais uma moral: às vezes a gente se ferra até mesmo tentando melhorar.
Daí eu fico me perguntando e lembrando de uma propaganda política do Onyx Lorenzoni, que trazia a seguinte indagação: "O que fazer"? Existem respostas mais difíceis de conseguir do que se imagina.
À medida em que o tempo passa, mais eu considero a amizade do meu cachorro. Há quem se sinta ofendido com essa colocação, mesmo sem merecer lê-la. "Hay que endurecer, pero sin perder la ternura". É só o que eu posso dizer.
Então, se é assim, vou tratar de encarar meu 2007 sem qualquer que seja a macumba, antes que outro mês passe em branco, e eu fique esperando por uma Festa na Várzea da vida, pra chegar na hora e o couro ficar só ardendo, sem resultado positivo nenhum.

Até a próxima, seja lá quando ela for.

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