FARELOS

Voltei antes do que esperava. O problema é que, mesmo com vontade de escrever, não tenho nenhum assunto específico em mente. Pois bem, mesmo assim me entrego à blateração.

Freqüentemente, eu leio algum blog pela primeira vez. Vasculho, olho arquivos, links, tudo o que é possível. Aproveito a deixa, pois é provável que não volte mais. Às vezes, até chegar num blog, já esqueci os atalhos que peguei na internet para encontrá-lo.
Há blogs de todos os tipos: informativos, jornalísticos, sentimentalóides, humorísticos, pornográficos e etc. O "Que Momento", eu coloco no "etc". Já fui sentimentalóide e já escrevi bons textos, mas nada que personificasse totalmente este espaço. Hoje, aqui é apenas um canto, muito pouco acessado, onde eu publico palavras soltas ao vento, mas que me aliviam.
Gosto de falar de mim, do que estou vivendo, do que estou pensando. Depois, vasculho meus textos velhos e posso comparar minhas mudanças. Coisas de libriano, balança, pesar prós e contras, etc.
Sim, eu admito minha tendência narcisista, ainda que agora eu não me auto-promova mais tanto quanto antes. Mas, como André Damasceno diz quando imita Paulo Santana, "eu me leio" (aliás, a quem tiver oportunidade de assistir a esse show, aconselho). É, gosto de confrontar-me com minhas palavras, sempre gostei, ainda que antes elas denunciassem o quanto eu sou contraditório, o que me incomodava bastante. Agora já convivo bem com isso.
Ser contraditório, evasivo, indeciso, é peculiar de quem enfrenta constantes mudanças. Mesmo tendo sido ao longo do tempo um ferrenho defensor do conservadorismo (e tendo ficado bastante rotulado por isso), atualmente eu estou mais para metamorfose ambulante. Como diria o barbicha, é melhor do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. E eu tinha. Não tenho mais.
Também gosto de ser lido. Certas coisas perecem em meio às mudanças. Gosto que digam o que gostaram, do que discordam (tá, não gosto muito, mas pelo menos agora eu já consigo respeitar). Entretanto, abusando da cacofonia, não se pode ter tudo. Fiquei muito tempo ausente daqui e mudando muito de ares, o que prejudicou o acesso dos poucos amigos que por aqui passavam.
Restou o gosto de escrever, hoje sem muitos assuntos, sem muita criatividade. Todavia, enquanto houver afinidade com as palavras e carinho por elas, haverá avidez em meus dedos para brincar com as letras, com os vocábulos, com as frases e expressões.
Porque dessa vida nada de material se leva, mas sim o que de concreto se constrói no coração das pessoas.

Um abraço, e até mais!

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