Já são seis dias sem comer carne, e é nítido o quanto meu cérebro está sendo afetado por isso. Maldita promessa. Aliado ao fator "frio congelante atrofiador de falanges, carpos, metacarpos e afins" (vale lembrar que desde 1993 não fazia um frio desses em maio), não consigo discorrer sobre nenhum assunto no momento.
Entretanto, eis que surgem as músicas, dons de compositores que foram muito felizes em traduzir com palavras o que muitas vezes queremos dizer e não conseguimos. Sendo assim, ainda que não seja muito fã dessa prática, ficarei hoje com essa letra bastante reflexiva e eloqüente na minha atual circunstância. Nasce agora a sessão "Música 'Que Momento' da semana".
Caçador de mim - Mílton Nascimento
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito à força, numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
A época hoje é outra
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Noutro tempo o fim da quaresma talvez representasse alguma perspectiva
nova e producente para o resto do ano que se seguia.
Mas isso era noutro tempo.
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Há 2 dias
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