CONVERSA

Dia de Santo Antônio
Santo casamenteiro,
santo do pau oco.
Santa ignorância.

Quando me queima o neurônio
com a água do chuveiro
que faz passar o sufoco
de remar na redundância.

De santo, não tenho nada
de Antônio, tenho um pouco
sorridente camarada
quase, quase, quase louco.

Me sirva dois dedos de lucidez
num copo cheio de conclusões.
Ei...o que você fez?
Aqui só há confusões!

Sendo assim, não pago a conta
Já que com tantas já arquei
E gastei mais do que meu dinheiro
perdi esperanças e pessoas.

Do iceberg é só a ponta
todos os melodramas que contei
em busca de um baú verdadeiro
repleto de recordações boas.

Olha pra mim, xará!
E me dá um presente...
Qualquer coisa serve, até um chá
que alivie as dores da mente.

Faltou açúcar, mas tudo bem
Fica bom assim, azedo,
com gostinho de ninguém
não te peço mais tão cedo.

Um gole pra ti, outro pra mim
santos ébrios de braguilha aberta
mas, antes que cheguemos ao fim (do fígado ou do rim)
encontraremos a porta certa...

0 comentários:

Postar um comentário

<< >>