ABREM-SE AS CORTINAS

Muito bem, está aberta a semana do Dia do Amigo. Confesso que esperei muito por ela, deixei várias vezes de escrever sobre amizades para fazê-lo agora, de uma maneira especial e marcante. Não que devamos nos lembrar dos amigos apenas em seu dia, mas é uma forma de exaltar a presença dessas pessoas tão especiais em nossas vidas.
Hoje de manhã, a primeira frase que li foi a seguinte: "Viva como se sua presença não seja notada, mas sua ausência seja extremamente sentida". Não sei quem é o autor, pois li no MSN de uma amiga, mas ela teve um sentido emblemático nessa abertura de semana.
Curiosamente, hoje está partindo para Santa Catarina a minha melhor amiga, a pessoa que me conhece até virado do avesso e cuja simbiose iniciou há quase 6 anos, ainda nos áureos tempos da adolescência. Não é exagero afirmar que essa moça é responsável por muito do que sou hoje, bem como digo com orgulho que ela me proporcionou experimentar os melhores sentimentos que Deus nos concede aqui na Terra.
É uma história que quem conhece sabe as poucas e boas que enfrentamos, as batalhas, as risadas, o alto grau de maturidade que adquirimos juntos e, principalmente, a cumplicidade que existe entre nós. Não é necessário contar aqui tudo o que passamos, já que está intrínseco nos arquivos deste blog todos os pormenores destes anos, seja explícita ou subliminarmente, mas está.
Ontem, quando nos despedimos, consegui felizmente livrar-me daquele sentimento de mutilação que vinha me corroendo por dentro na semana passada. Quando a abracei pela última vez (num sentido figurado, naturalmente), senti uma segurança muito grande de que essa distância não encontrará maiores dificuldades de ser superada, e isso se deve a um único motivo: existe vontade de ambas as partes em manter vívida a chama desse sentimento que nasceu, e o qual não arrisco classificar, para não limitar seu potencial.
E é nesse ponto que eu gostaria de chegar, a vontade. Podem listar todos os sentimentos necessários para que uma amizade dê certo, digam tudo o que é preciso para a eternidade entre dois amigos, mas nada me tira da cabeça que a vontade é o principal.
Vontade de ver, de saber como está, de conviver, de ouvir a voz, de apreciar o sorriso, de abraçar, enfim, vontade de ter a pessoa em sua vida. E não precisa nem ser ininterrupta, podem haver lá suas folgas, até para que não se enjoe da cara do vivente, mas ela precisa retornar tão logo o esquecimento desponte no horizonte.
Mais do que ter um amigo, é preciso querê-lo. Não só para si, não em todas as horas, é claro que o equilíbrio deve existir em toda e qualquer relação, mas a amizade é como uma refeição, deve ser diária e balanceada.
Retomando a amiga que citei antes, a qual faço questão de citar o nome, Danieli Moschen, ela entra justamente nesse assunto que abordei. Fosse algo desmedido e desequilibrado, agora eu estaria chorando a cântaros a sua falta e beirando uma síncope em constatar que daqui pra frente nada menos do que 600km nos separam. Contudo, Deus é tão bom, que proporciona nessa amizade um sentimento de conforto e paz, pois nos dá a certeza de que a distância é simplesmente um adorno que o destino está colocando para enfeitar essa história que está apenas em seu início, tenho certeza.
Certeza que também possuo ao afirmar que, não fossem os outros tantos amigos verdadeiros que tenho, minha relação com a Dani nunca teria dado tão certo. E é deles que sigo falando amanhã, bem como homenageando com textos de outros autores, que encontraram as palavras de maneira abençoada para ratificar o que é esse sentimento, que não deve ser celebrado apenas no dia 20 de julho, mas em todos os outros 364 do ano.

"Depois de algum tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida." (William Shakespeare)

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