FRITAR BOLINHO

Livremente adaptado de um dos tantos causos que o Seu José, um senhor que trabalhou na fazenda do meu avô, me contou há muitos anos. =)


A pequena Jovência vivia na fazenda com seus pais, e as únicas amigas com quem mantinha contato eram algumas primas mais velhas. Nos últimos tempos, ela notou que as moças falavam maravilhas de algo que ela não conhecia. Tomou uma decisão e, quando consultada pelo pai, revelou:

- E então, o que a minha princesa vai querer ganhar de aniversário?
- Um orgasmo.
- Como?
- Um orgasmo, ué.

O homem olhou para sua esposa atônito, abriu a fivela da sua cinta, grudou Jovência por um braço e proferiu:

- Pois então toma aqui o seu orgasmo.

E deu-lhe uma surra de lascar o couro fora, deixou a menina toda dolorida por muitos dias, o que fez com que aquela palavra nunca mais fosse dita dentro de casa.
Passaram os anos, Jovência cresceu, conheceu Aristeu, namorou-o alguns anos e finalmente decidiram casar. Com a bênção dos pais dela, tudo correu muito bem, uma festa linda, um baile melhor ainda.
Terminada a festa, enfim foram para a noite de núpcias. Chegando no hotel chique da capital, tudo pago pelo sogro, o rapaz, com muito carinho, dirigiu-se à jovem esposa:

- Meu amor, hoje lhe darei algo muito especial, você vai adorar.
- Ah, que bom, e o que é?
- Você terá seu primeiro orgasmo.
- Deus me livre! Meu pai me deu um desses quando eu era pequena, que me deixou toda ardida por uma semana!

Furioso com aquela situação inusitada, o noivo botou Jovência no carro e tocaram direto para a fazenda do velho. Chegando lá, chamou o sogro na sala, grudou-o pelo colarinho da camisa e, colérico, desferiu:

- Seu monstro! Como pôde fazer isso com uma criança! Traumatizou sua filha! Desgraçado!

Com muita dificuldade, o pai evitou a sumanta de laço que ia levar, acalmou o rapaz e, quando soube do que se tratava, deu risada. Foi então a mãe da moça deu uma dica para que tudo corresse bem na lua-de-mel.

- Use outra expressão. Ao invés de prometer-lhe um orgasmo, convide-a para..."fritar bolinho".

Pois muito bem, lá se foram os pombinhos novamente, e a coitada da Jovência ainda sem entender muita coisa, esperava pela primeira noite para a qual sua mãe tanto lhe preparou. Chegaram no quarto, e o cara usou o código:

- Certo, meu amor, então agora vamos "fritar bolinho".
- Fritar bolinho? Mas como que se faz isso?
- Vem cá, que eu te ensino.

E tiveram uma noite e tanto, uma maravilha. Quando voltaram para a fazenda, a mãe, curiosa por saber como tinha sido, perguntou à filha sobre sua primeira vez:

- E então, minha filha, "fritaram bolinho"?

E Jovência, erguendo uma das pernas, responde prontamente:

- Mas bah! Fritamos tanto, que tá correndo óleo da frigideira até agora...

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