BALANÇO DO MÊS (7)

Passo um dia sem escrever, e parece que fazem meses que não posto. Vá entender a minha cronologia psíquica. Ontem, por questões absolutamente profissionais, não consegui manter a tradição de postar o balanço do mês no primeiro dia do seguinte. Trocando em miúdos, o bicho pegou no serviço, e fui obrigado a deixar para hoje.
Mesmo porque, julho não foi uma fonte considerável de reflexões. Um mês insosso, insípido e incolor, onde a balança não pendeu para nenhum dos lados. Essa época do ano sempre é chatinha, julho, agosto, meses sem feriado, a perspectiva de bons programas é baixa, o frio assola sem dó, enfim, não há muito pano pra manga.
Bem, analisando os textos do mês, recordei algumas coisas que podem ser ditas. Primeiro, e muito importante, a mudança do layout do blog, digna da frase-lema. Me parecia que já faziam meses que tinha trocado, mas não, foi no início de julho mesmo. Pena que ultimamente o weblogger tem agido de maneira temperamental, impedindo nós, os pobres usuários mortais, de postarmos e comentarmos vez ou outra. Enquanto forem pitis esporádicos, permanecerei por aqui. Mas, caso a situação se agrave, terei de, obrigatoriamente, tomar uma atitude mais drástica e enérgica.
Talvez em virtude da falta do que falar, camuflei o mês com textos engraçados, beirando o besteirol. Não faz exatamente o meu gênero, mas há dias em que é melhor rir, para não chorar. Sempre digo que, se a vida me der as costas, passo a mão na bunda dela, e tento seguir essa linha de raciocínio também por aqui.
A semana do dia do amigo foi uma idéia antiga que consegui pôr em prática, mas que, sinceramente, não pode repetir-se muito, já que se torna repetitivo. Na quinta-feira, já tinha quem não agüentasse mais falar sobre amizade, e não duvido que alguém não tenha dado graças a Deus quando acabou.
Por falar em amizade, a Dani foi embora, e isso é um ponto negativo para o mês. Não é todo dia que se tem uma amiga de verdade, e nossa convivência diária faz bastante falta. Claro que, com o passar dos dias acabei me acostumando, mas é uma lacuna que fica e que ninguém preenche.
Também, infelizmente, aquela droga de avião caiu em Congonhas e botou o ânimo de todo mundo abaixo de zero. Cada vez mais vemos as barbaridades e tragédias acontecerem, e nos perguntamos o que fazer, clamamos urgentemente por soluções. E as respostas não vêm. Sinceramente, tenho fé de que podemos mudar isso, seja votando, protestando, ou de qualquer outro jeito, mas continua sendo lastimável que tantas vidas se percam antes que consigamos as mudanças de forma efetiva.
Me consola saber que agosto é o último mês de gelo ingrato, já que a partir do dia 15, mais ou menos, o clima começa a melhorar (assim espero, pelo menos). Esse inverno já deu o que tinha que dar, acabando inclusive com minhas tiradas referentes a encolhimentos, dedos congelados e gripe.
Curiosidade: lá em São Chico, minha avó conta que os antigos não cortavam o cabelo e nem faziam a barba em agosto. Pura superstição, mas não deixa de ser engraçado. E ainda tem gente que cultiva isso. Trinta dias sem se barbear, que paraíso. Um dia ainda chego lá.

Que agosto esteja a gosto de todos (infame, mas mais forte do que eu).

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