PRA NÃO PASSAR EM BRANCO

Seu Marquinhos me fez o favor de plagiar descaradamente a música da semana, e me deixou mais perdido que cupim em metalúrgica.
A sorte dele é que hoje fazem maravilhosos 36 graus no centro de Novo Hamburgo, e eu tô mais faceiro que tico-tico na chuva. Que saudades que eu estava de suar em bicas, sentir o sol quente no rosto, ver as pessoas na rua de roupas curtas (principalmente as do sexo feminino, que eu também sou filho de Deus), enfim, o frio está indo embora, minhas vias nasais estão livres para respirar a poluição que essa cidade oferece (ironia é mato, né).
Bom, sendo assim, vou postar o primeiro poema que eu decorei, e no qual encaixa-se tudo o que eu penso sobre um relacionamento, que é o Soneto de Fidelidade, do mestre Vinícius de Moraes. Versos desse quilate sempre são bem-vindos por aqui, e também servem para fazer as mocinhas suspirarem.


Soneto de Fidelidade - Mestre Vinícius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Ps: Tem volta, Marquinhos, tem volta...

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