Balanço do Mês (9)

No último balanço, mencionei que setembro seria o mês "que momento" do ano. Nunca pensei que pudesse acertar tão em cheio numa previsão. A primavera chegou na minha vida e floriu todo o meu jardim. Essa metáfora representa mais do que uma fase de felicidade, mas um estado de espírito que não consegue me deixar sem sorrir.
A minha primeira lembrança do mês que passou é a daquele feriado do dia 7, quando passei por uma experiência deveras desagradável, que rendeu pelo menos um texto engraçado e a lição de sair mais cedo das festas quando for viajar no dia seguinte.
No coral, tivemos um festival que durou três dias e, mesmo com todas as peripécias que minha garganta aprontou, consegui executar minha tarefa com êxito.
Setembro é assim, rápido e rasteiro. Depois disso, veio o feriado de 20 de setembro, onde passei quatro dias de submarino, abaixo de uma chuvarada que me fez recordar Noé. Na fazenda, dois partos me deram o status de obstetra bovino do mês, e passei por ótimos dias de descanso e reflexão pessoal, que certamente auxiliaram na melhor fase de setembro.
Eis que chegou meu aniversário e, com ele, o início de uma nova fase. Jamais havia recebido tantas felicitações. Completar 22 anos me fez enxergar o meu crescimento como pessoa, meu amadurecimento como homem e a consciência que eu adquiri de que o melhor que temos a fazer é melhorar a vida das pessoas, para só assim conseguirmos sentir que nossa própria existência tem algum sentido.
Desde a semana passada, venho experimentando sentimentos até então adormecidos no porão do meu coração (argh, que cafona isso, mas é a realidade), e outros que ainda nem conhecia, ou imaginava que tivesse capacidades para sentir. Para que os caros leitores tenham uma idéia da dimensão dos fatos, este último fim-de-semana representou o equivalente a um mês inteiro de sensações e partilha das melhores coisas da vida.
Sábado, assisti à apresentação do Coral Municipal, em comemoração dos seus 20 anos, onde canta meu grande amigo Jader. Não sei se consigo expressar com palavras o que senti naquele momento. Emocionei-me verdadeiramente com tudo o que vi e ouvi. A música tem operado milagres na minha jornada, o que me faz afirmar sem medo que não consigo mais viver sem ela.
Quando se escuta a voz de uma pessoa que amamos cantando, é como se um elo uníssono de afetividade fique estabelecido entre quem canta e quem ouve. Esse foi um dos aprendizados mais marcantes destes dois dias.
Após a apresentação, fomos para a casa do Marquinhos, aonde ocorreu a minha festa de aniversário, comemorada em conjunto com a mãe dele e mais uma amiga nossa, Débora Neres.
Foi sublime. Após cantarmos os Parabéns, Helena fez um pequeno discurso e despertou em mim algumas palavras, as quais externei logo a seguir. Mal sabia o quanto aquele momento tocaria o coração do pessoal, mas, foi tão verdadeiro, que pude perceber concretamente a emoção de todos.
Seguimos a festa cantando, jogando, conversando, de modo que as horas passaram, o domingo chegou e não pediu licença. Alheio à necessidade de dormir, as conversas persistiram e tomaram rumos muito especiais, o que me permite dizer que muitos laços afetivos foram intimamente estreitados através das palavras que trocamos.
Estou numa fase em que tenho escutado frases que busquei a vida inteira. Amigos verdadeiros e um amor que está nascendo e criando raízes muito sólidas, o que me faz ter certeza de finalmente estar trilhando o caminho certo.
Enfim, setembro foi perfeito. Há tantas coisas a dizer, que ainda terei que reorganizar meus pensamentos, para que consiga obter a maior clareza possível nas minhas idéias. Também ganhei dois livros de presente, que ocasionarão algumas estréias textuais por aqui em termos de enfoque.
A fase é digna de agradecer a Deus a todo momento. Se melhorar, não estraga. E tenho a certeza absoluta de que melhorará, pois estamos apenas começando.

Um fraterno abraço a todos e bom outubro.

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