Pane

Quem dera fosse um recesso
esta parada repentina,
súbita algoz do progresso
que minha mente lancina.

A palavra, ainda que bela,
é vazia, opaca, esparsa,
vítima do ócio que atropela
e da máscara que, sem sucesso, disfarça.

Não contribui, nem diminui,
tampouco algo acrescenta.
Simplesmente, não flui,
o que, por si só, atormenta.

Verso curto e desapontado,
que força a seguir adiante
a controvérsia de meu cérebro apaixonado,
embaralhado com o coração pensante.

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