Correspondente Quemomentista

A nove dias das férias, a preguiça de escrever aumenta vertiginosamente. Com isso, pego todos os assuntos, jogo-os no liquidificador e bato tudo num texto só, para tornar a conversa mais sucinta e não deixar passar esta segunda-feira tediosa em branco.
Se a semana começa devagar, quase parando, não se pode dizer o mesmo do fim-de-semana, que reuniu muitas emoções, nas mais variadas frentes possíveis. Já na sexta-feira, a primeira noite da apresentação de Natal do coro, que, apesar de todas as músicas serem cantadas com o acompanhamento do glorioso playback, foi uma experiência nova para mim e bem interessante.
Digamos que, como hamburguense, foi a oportunidade em que mais me senti integrado com a comunidade, ao passo que as autoridades municipais estavam presentes e havia muita gente assistindo. Sendo assim, o que faltou em emoção, sobrou no que tange ao civismo, já que um evento deste quilate realça a importância de fazer parte de um projeto canto-coral, que, como venho dizendo ao longo do ano, é uma experiência nova na minha vida.
O sábado foi igualmente um dia ímpar, que trouxe consigo outra situação nova. Sabe aquele momento em que você se vê encurralado e precisa ligar para alguém que vai te socorrer imediatamente? Pois bem, precisando levar a Ana ao aeroporto em uma hora, sem carro em casa e nunca tendo ido a Porto Alegre dirigindo, precisei pensar rápido e contar com alguém que não pensasse duas vezes para me ajudar. Superman? Chapolin Colorado? Madre Teresa? Não. Jader Bernardes. Interrompi o sono vespertino de meu amigo para vê-lo voando baixo rumo ao aeroporto e constatar que amigo de todas as horas não é coisa de cinema. Ele ouviu de mim que todos os agradecimentos não seriam suficientes, mas nossa cumplicidade é grande o bastante para ele perceber que faríamos o mesmo por ele. Mais do que a tranqüilidade de chegarmos a tempo e correr tudo bem com a viagem, conforta saber que pelo menos uma pessoa é capaz de largar tudo e sair correndo em seu socorro. Ganhei o dia e multipliquei minha felicidade.
Ontem, um descanso merecido. Como bons gaúchos, fizemos aquele churrasco clássico de domingo, inauguramos uma churrasqueira que, em um ano, nunca havia sido usada e devoramos algumas latinhas do líquido sagrado, a cerveja. Há tempos que eu não movimentava uma fumaceira lá em casa, reunindo o pessoal, jogando conversa fora e falando bobagens pra descontrair. Um delicioso momento lúdico, carne suculenta, o dia inteiro sentado embaixo da árvore, curtindo sombra e cerveja fresca. Faltou a Ana, é bem verdade, mas Floripa estava bem servida de visitante. De qualquer forma, é ótimo estar com os amigos, rever pessoas especiais que estão longe, conversar sobre os bons momentos que a vida já nos deu até agora. Por mais que o tempo passe, e por mais que haja certa descrença em relação à força dos laços, eles permanecem sólidos e intocáveis, como uma rocha imponente que dá sustentação às alegrias da vida.
Em suma, cada parágrafo desses daria um texto inteiro, mas o tempo livre já não é mais o mesmo para criar, o calor tornou-se empecilho determinante no processo criativo e, além disso, aglutinar tudo num só post é bem mais confortável e prático. Um jeito “Marquinhos” de relatar os acontecimentos e colocá-los a par do que acontece do lado de cá do computador.

Um grande abraço e boa semana aos que por aqui passam!

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